Ifes leva cursos profissionalizantes a presídios no ES
Iniciativa inclui cursos de informática básica e de eletricista instalador de baixa tensão, que acontecem em várias unidades prisionais do Espírito Santo.
Uma parceria entre o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) por meio do Programa EJA Integrada Conexões tem levado cursos de qualificação profissional a estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) fundamental em situação de privação de liberdade.
Em 2024, estima-se que aproximadamente 220 pessoas em situação de privação de liberdade sejam qualificadas. A expectativa é que o programa continue em 2025 com potencial de ampliação.
Coordenado pelos professores Aldo Rezende e Maria José de Resende Ferreira, o Programa EJA Integrada Conexões é realizado em conjunto com a Secretaria de Educação (Sedu) e a Secretaria de Justiça (Sejus). A iniciativa inclui cursos de informática básica e de eletricista instalador de baixa tensão, que acontecem em várias unidades prisionais do Espírito Santo: o Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares, o Complexo Prisional do Xuri, em Vila Velha, a Penitenciária de Segurança Máxima, em Viana, e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Cachoeiro.
Além dos cursos profissionalizantes, outras ações são desenvolvidas no âmbito do programa, como formação de professores na modalidade de educação básica , produção de materiais didáticos e atividades de monitoramento. Também há inovação e pesquisa com a participação de estudantes do Programa de Mestrado em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT) do Ifes.
Cursos e Estrutura
Os cursos de informática básica ocorrem durante a semana, em dois turnos, na Penitenciária de Segurança Máxima I, em Viana, e atende 48 estudantes da EJA. No Centro de Detenção e Ressocialização de Linhares, o curso é oferecido de segunda a quinta-feira, também em dois turnos, para 42 estudantes. Já na Penitenciária do Xuri, o curso de eletricista instalador de baixa tensão é ministrado de segunda a sexta-feira, para 80 estudantes, divididos em dois turnos.
Essa primeira fase teve início em agosto e está prevista para ser concluída em dezembro de 2024. Segundo um dos coordenadores do projeto, os participantes do programa expressaram expectativas positivas e gratidão pela oportunidade.
"A gente espera promover a integração entre educação básica e profissional para estudantes da EJA fundamental, além de inclusão digital e formação profissional e humana para reinserção na sociedade", reforça o coordenador do projeto, professor Aldo.
Com essa iniciativa, espera-se que os cursos ofereçam não apenas uma qualificação técnica, mas também uma oportunidade de transformação e recomeço para esses indivíduos.
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