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Oportunidade, inclusão e representatividade marcam a 12° formatura da Corte de Lovelace

Escrito por Leonardo Saimon Duarte Lacerda | Publicado: Sexta, 12 de Julho de 2024, 09h25 | Última atualização em Segunda, 15 de Julho de 2024, 15h11

Cidade da Inovação recebeu mais de 140 estudantes de baixa renda que se formaram em Programação e Robótica 

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Emilly Rodrigues, de 14 anos, soube em sua escola, a Emef Stanislaw Zucoloto, em Nova Venécia que existia um espaço onde meninas da idade dela poderiam aprender Programação e Robótica. “De início, eu me interesso, mas confesso que não tinha grandes expectativas”, admitiu a jovem do nono ano.

 

Ela esperava que o curso fosse mais do mesmo. “Eu achei que ia ser um curso chato, imaginei que a gente ia ficar sentado em frente a um computador, mas foi completamente ao contrário”, revela. 

 

Emilly viu na Corte de Lovelace um norte profissional, agora, a jovem pensa em estudar um curso técnico para aprofundar seus conhecimentos de programação. 

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Representatividade 

 

Laiane Torres, tem 17 anos,e tal como Emilly, descobriu o projeto através da escola em que está matriculada, na cidade de Cariacica. Desde mais cedo, Laiane descobriu a paixão por Programação depois de fazer um curso introdutório na área e até chegou a desenvolver alguns projetos amadores a partir do conhecimento que tinha.

 

“O curso da Lovelace me ajudou mais ainda porque foi algo mais detalhado e que me ajudou a entender e conhecer mais a área”, completa. E se antes tinha certeza, Laiane agora carrega a convicção de que esta é a profissão que deseja seguir. A capixaba acredita que o projeto viabilizou que mais meninas e mulheres, como ela, pudessem estar numa área em que popularmente é desempenhada por homens. 

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“Se nos derem oportunidade, a gente tem capacidade de fazer igual ou melhor”, garante Laiane enquanto passa a mão sobre a barriga. É que Laiane está grávida de quase oito meses. E mesmo grávida ela manteve os estudos tanto na escola quanto na programação. Foi para meninas como Laiane, que a Corte nasceu, só que o projeto cresceu e hoje a família real - no caso, os estudantes -, é bem maior e alcança meninas e meninos. 

 

Inclusão 

 

Hoje, Ana Clara Leite, é professora e mestranda do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), mas ela já foi aluna da Corte. Só que com uma peculiaridade, Ana é uma pessoa surda, mas isso não foi empecilho algum para que ela estudasse programação. E o curso, segundo ela, conta com uma proposta não só de representatividade para mulheres, mas de inclusão para pessoas com deficiência auditiva. 

 

“Eu tive muita dificuldade no início, o tempo de curso pra mim foi diferenciado, mas consegui terminar. Tenho certeza que esse projeto vai se expandir para alcançar outros públicos”, acredita. 

 

E se depender de Ana, o projeto vai crescer mesmo. Com incentivo do mestrado, a professora estuda meios de ensinar programação para pessoas surdas. O método está quase pronto. “Para ensinar programação para pessoas surdas, a gente precisa ter maior suporte visual”, sinaliza. 

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Formatura na Cidade da Inovação 

 

Nada melhor do que na Cidade da Inovação do Ifes, em Jardim da Penha, para formar os 141 estudantes que terminaram o curso nos últimos meses. A 12°segunda formatura contou com a presença de representantes da Secretaria de Educação (Sedu) e autoridades políticas como o deputado e secretário da Ciência, Tecnologia, Inovação, Educação Profissional e Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo, Bruno Lamas, a coordenadora da Universidade Aberta Capixaba (Unac), Márlei Vieira e a secretária estadual das Mulheres, Jacqueline Moraes. “Espírito Santo reduziu 33% na gravidez da adolescência”, revelou a secretária. E ainda que engravide, conta Jacqueline, o curso precisa incentivar jovens grávidas a não desistirem dos estudos. 

 

O Coordenador Geral de Ações de Extensão do Ifes, Célio Maioli, celebrou o momento ao lembrar que o sucesso deste projeto representa a transformação social de muitas jovens. 

 

“A Corte é um dos projetos mais bem sucedidos que temos. E o sucesso não está apenas nas parcerias que estabelecemos com setores públicos e privados, mas na experiência que o projeto deixa na vida de cada participante”, destaca. 

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“Cada formatura é única e a emoção é diferente”, conta Márcia Gonçalves, coordenadora do projeto. O evento reuniu estudantes de cinco municípios: Nova Venécia, Cariacica, Anchieta, Ibiraçu e Linhares. Até o final do ano, Márcia estima que a Corte de Lovelace estará presente em ao menos 20 municípios capixabas. 

 

Além da tradicional entrega de certificado, a solenidade também contou com um coffee break, palestra e apresentações culturais. 

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